É este o cenário que resulta da descida do preço das portagens em cinco antigas SCUT. A medida entrou em vigor em agosto de 2016. A A 4 foi a recordista do aumento de receita.
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As receitas passaram de 1,8 milhões de euros, em 2015, para dois milhões e meio em 2016, que corresponde a um aumento de trinta e oito por cento. A A4 é o caso mais destacado entre as autoestradas que beneficiam desde agosto de uma redução de quinze por cento nas portagens.
O governo decidiu, no ano passado, baixar o preço em cinco vias. Quase todas no interior do país. Uma outra no Algarve e foi na A22 que a receita também disparou. Onze por cento, em doze meses. Cresceu três milhões e meio de euros em 2016.
A medida beneficia mais vias, mas com resultados muito diferentes, segundo dados da Infraestruturas de Portugal.
Na A24, os valores no último ano mantiveram-se inalterados, a rondar os 19 milhões de euros de receita. Já na A25, houve um aumento tímido de apenas dois por cento, para 49 milhões e meio de euros...
2016 terminou, assim, com um crescimento de cinco por cento, do lucro médio anual, que se traduz num total de 107 milhões de euros. Mas a média sobe, e muito, quando comparados os números, antes e depois da redução das portagens. No primeiro semestre a receita foi superior a 48 milhões de euros. Na segunda metade do ano, com os preços mais baixos, aumentou para quase 58 milhões de euros, ou seja, mais dezasseis por cento.
À TSF, o Ministério do Planeamento faz um balanço positivo da medida que abrange cinco antigas SCUT.
Por um lado, houve aumento de tráfego e da competitividade económica das regiões abrangidas. Por outro lado, segundo o governo, houve um aumento de receita. Na A4, com a abertura do Túnel do Marão e na A22 com melhorias no sistema de cobrança de portagens a estrangeiros.
Reações de autarquias que não foram abrangidas pelos descontos
A TSF ouviu também a opinião do presidente da Câmara Municipal de Estarreja. O município é servido pela A29, que ficou fora das vias com redução no preço das portagens.
Diamantino Sabina, defende a mesma discriminação positiva para a autoestrada da costa da Prata e parte da via, diz o autarca devia ser até de uso gratuito.
Mais acima, em Viana do Castelo a mesma vontade.
Quando a redução entrou em vigor, em Agosto passado, o autarca de Viana de Castelo também reclamou preços mais baixos nas portagens da A28. Seis meses depois, e após conhecer as consequências nas vias beneficiadas, José Maria Costa insiste no pedido ao governo.
O presidente da Câmara Municipal de Viana, em conversa com a jornalista Sónia Santos Silva refere que ontem já era tarde, face ao prejuízo