A taxa de desemprego baixou 1,3 pontos percentuais face a 2015 e manteve-se inalterada no último trimestre do ano, nos 10,5%.
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A taxa de desemprego em 2016 foi de 11,1%, abaixo da estimativa do governo, mantendo-se inalterada no quarto trimestre, nos 10,5%, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em 2015, a taxa de desemprego ficou nos 12,4%.
No Orçamento do Estado para 2017, o Governo estimava que a taxa de desemprego se fixasse em 11,2% em 2016 e que baixasse para os 10,4% este ano.
De acordo com as Estatísticas do Emprego hoje divulgadas, em termos de média anual, a taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 28%, menos 4,0 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A população desempregada, estimada em 573 mil pessoas em 2016, diminuiu 11,4% em relação ao ano anterior (menos 73,5 mil) e a proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi de 62,1%, tendo diminuído 1,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Já a população empregada, estimada em 4,605 milhões de pessoas, registou um acréscimo anual de 1,2% (mais 56,5 mil), com a taxa de atividade da população em idade ativa a situar-se em 58,5%, valor inferior em 0,1 pontos percentuais ao observado em 2015.
Segundo o INE, para a variação anual da população desempregada contribuíram os decréscimos nas mulheres (41,5 mil para 12,8%) e homens (32 mil para 9,9%), com todos os grupos etários em análise a baixarem, com destaque para as pessoas dos 35 aos 44 anos (26,3 mil para 17,8%).
Também todos os níveis de escolaridade desceram a sua taxa de desemprego, sobretudo o das pessoas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (48,5 mil, para 14), à procura de novo emprego (59 mil para 10,4%), provenientes do setor dos serviços (37,4 mil para 10,6%) e à procura de emprego há 12 e mais meses (55 mil para 13,4%).
A população inativa com 15 e mais anos, por sua vez, situou-se em 3,680 milhões de pessoas, aumentando 0,3% face a 2015 (9,4 mil), com a taxa de inatividade - relação entre a população inativa em idade ativa (com 15 e mais anos) e a população total em idade ativa (com 15 e mais anos) -- a subir 0,1 pontos percentuais para 41,5%.
Por regiões, em 2016, as taxas de desemprego mais elevadas, e superiores à média nacional, foram observadas na Madeira (12,9%), Alentejo (12,1%), Norte (12,0%) e Área Metropolitana de Lisboa (11,9%). Abaixo da média nacional, situavam-se as taxas de desemprego nos Açores (11,1%), Algarve (9,2%) e Centro (8,4%).
Em relação a 2015, e à semelhança do observado globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com as duas maiores diminuições a ocorrerem no Algarve (3,3 pontos percentuais) e na Madeira (1,8 pontos percentuais).
Segundo o INE, considerando apenas o quarto trimestre, a taxa de desemprego fixou-se nos 10,5%, mantendo-se inalterada face ao trimestre anterior e recuando 1,7 pontos percentuais face ao trimestre homólogo de 2015.
A população desempregada, estimada em 543,2 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 1,2% (menos 6,3 mil pessoas) e uma diminuição homóloga de 14,3% (menos 90,7 mil). A população empregada, estimada em 4,644 milhões de pessoas, registou um decréscimo trimestral de 0,4% (menos 17,9 mil) e um acréscimo homólogo de 1,8% (mais 82,1 mil).