No final de Julho havia mais de 655 mil desempregados inscritos no IEFP. É um crescimento de 25 % em relação ao valor de há um ano. Desemprego entre os professores duplica.
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O crescimento homólogo de 25 % em Julho é o maior desde o início do ano e surge numa sequência de aumentos quase constantes nas comparações com os meses do ano passado.
O número de inscritos aumentou 1,5 % em relação a Junho.
Dados do IEFP mostram que o desemprego cresceu mais entre os homens do que entre as mulheres, que ainda assim continuam à frente: há 336 mil mulheres sem trabalho contra 320 mil homens.
Estas 655 mil pessoas sem emprego são um número que apenas em março foi ultrapassado. Talvez as variações sazonais com os empregos de verão possam explicar este facto.
Há um ano havia menos 80 mil desempregados. Em 2009 eram menos 200 mil.
Desemprego jovem continua a aumentar
É entre as pessoas com menos de 25 anos que o desemprego mais cresce - um aumento de quase 37 por cento e que pode relacionar-se com outro indicador: o universo de inscritos nos centros de emprego que procuram o 1º posto de trabalho cresceu 30 %.
O relatório do instituto do emprego e formação profissional mostra também que quanto maior o nível de instrução, maior o crescimento do desemprego. A título de exemplo: o número de licenciados sem trabalho aumentou quase 50 %; na população com o 1º ciclo básico a diferença é de 8 %.
Desemprego entre professores duplica. Açores são a região mais penalizada.
Com 45 % de crescimento no número de desempregados, os Açores ocupam o primeiro lugar destacado na lista de regiões nas quais o desemprego mais aumentou.
É útil no entanto sublinhar que nos Açores o número absoluto de desempregados é de cerca de 10 mil pessoas, o que representa pouco mais de 8 % da população activa.
O Alentejo, outra das regiões mais pobre do país, ocupa o segundo lugar, com 29 mil desempregados e um aumento de quase 40 %.
Na distribuição por profissões o destaque para os professores: nos últimos 12 meses nesta categoria profissional o desemprego mais do que duplicou: em julho eram 10 mil os docentes sem emprego.