
Deutsche Bank
O Deutsche Bank, que anunciou o corte de 2.000 funcionários, convocou directores e administradores para uma reunião num dos mais caros hotéis de Berlim para decidir medidas de austeridade.
Corpo do artigo
Segundo a revista alemã Der Spiegel, a reunião começa na segunda-feira, prolonga-se durante três dias e vai decorrer no Hotel Adlon, junto às Portas de Bradenburgo, no centro da capital alemã, tendo o Deutsche Bank alugado todos os quartos do hotel que custam entre 320 a 15.000 euros por noite.
«Há poucas semanas os administradores do banco, Anshu Jain e Jurgen Fitscehn, filosofavam sobre mudanças no comportamento no sentido de se acabar com desagradáveis excessos do passado», escreve a revista Der Spiegel, que acrescenta que «pelos vistos não se pode levar a sério a promessa dos chefes».
A revista recorda ainda que, recentemente, os dois administradores anunciaram um «drástico programa de poupança» para o banco com o objetivo de reduzir a despesa em 4.500 milhões de euros até 2015.
A administração do maior banco alemão, que viu reduzido no primeiro semestre de 2012 os lucros em 2.063 milhões de euros -- menos 39% do que no mesmo período de 2011 -- indicou em julho a intenção de despedir 2.000 funcionários.
Na mesma altura, o Deutsche Bank comunicou que estava a rever a política de remunerações, assim como os códigos de conduta dos funcionários para «garantir a longa tradição de fazer negócios com padrões elevados».