Os dados que marcam este Dia Mundial do Turismo foram adiantados pela UNICRE e pelo Portal da Queixa
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O sector do turismo pesa quase 13% na economia nacional. No ano passado, bateu em máximos históricos ao gerar receitas na ordem dos 33,8 milhões de euros, o que, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), representou quase metade do crescimento real do PIB. Já este ano, nos primeiros balanços feitos após o verão, gerou menos faturação e mais queixas, pelo menos nas transações feitas com cartões de débito e crédito.
De acordo com o último relatório da REDUNIQ, gerido pela UNICRE, o volume de faturação e de transações diminuiu entre 1 junho e 1 de setembro. A queda foi de 11% no volume de negócios geral. Foi registada ainda uma diminuição de três por cento na faturação estrangeira e menos 14% na receita de origem nacional.
Por sectores, o impacto regista uma descida de 28% no retalho, incluindo hiper e supermercados, enquanto nos eletrodomésticos e tecnologia a descida foi de 25% e, no comércio, a moda levou um rombo de oito por cento. No entanto, quem fez férias nos últimos três meses contribuiu para a subida de três por cento na restauração, de cinco por cento na hotelaria e atividades turísticas e gastou mais três por cento em perfumaria.
Os franceses foram os que mais contribuíram, seguidos dos irlandeses, ingleses, norte-americanos e espanhóis.
Os picos de negócio foram registados no início e antes do final de agosto. No dia 3 desse mês, o aumento foi de seis por cento e no dia 23 a subida foi de 13% face aos mesmos dias do ano passado.
Quanto a descontentamentos com os serviços, o número de queixas aumentou em 22%. O setor do turismo mereceu mais de quatro mil reclamações no Portal da Queixa, sendo os mais visados os sites de reservas de viagens e companhias aéreas, com a TAP a ser alvo de cerca de 200 queixas.
Na aviação, a cobrança indevida e os problemas com o reembolso são os principais motivos apresentados, seguidos dos cancelamentos ou alterações de voos, bagagem danificada ou extraviada e o atendimento ao cliente. As queixas de falta de apoio aos passageiros, desorganização e incapacidade de resolução de problemas, bem como, a desinformação e apatia dos reguladores colocam, de certa forma, a reputação do setor em causa.
