"Diferença significativa." Mulheres recebem pensões mais baixas do que os homens
O documento aponta como causas para esta diferença a desigualdade nos salários entre as mulheres e os homens, mas também a influência das interrupções das carreiras para, por exemplo, assistir a pessoas do agregado familiar idosas ou inválidas
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Entre 2019 e 2022, as pensões das mulheres corresponderam em média a 58% do valor dos salários dos últimos três anos, ao passo que o valor nos homens atinge os 73%. A diferença de 15 pontos percentuais é considerada "significativa".
Segundo uma análise realizada para o Livro Verde para a Sustentabilidade da Segurança Social, citado esta quarta-feira pelo Jornal Negócios, as novas reformas das mulheres situaram-se nos 500 euros, enquanto os homens conseguiram atingir uma média de 792 euros, com os especialistas a apontarem para uma "significativa diferença".
Os autores do estudo compararam o valor da primeira pensão com os salários dos últimos três anos, isto a partir de uma amostra que cobre 75% das pensões de velhice iniciadas entre 2019 e 2022 no regime de Segurança Social.
Em 2023, os números pouco mudaram: o relatório sobre a Sustentabilidade Financeira da Segurança Social, anexado ao Orçamento do Estado para 2025, mostra que a disparidade nos valores médios das pensões entre homens e mulheres diminui apenas 1,3% na última década.
O documento aponta como causas para esta diferença a desigualdade nos salários entre as mulheres e os homens, mas também a influência das interrupções das carreiras para, por exemplo, assistir a pessoas do agregado familiar idosas ou inválidas, uma situação que não está coberta pelo regime de equivalência e que, por isso, prejudica o valor das pensões.