
A dívida pública nos critérios de Maastricht atingiu os 127,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, segundo os cálculos hoje divulgados pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP).
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Na sua análise provisória às contas das administrações públicas, hoje divulgada, o CFP refere que este valor "situa-se acima da meta estabelecida para o ano de 2013 (122,3% do PIB) e traduz um incremento de 3.799 milhões de euros (3,4 pontos percentuais do PIB) face ao registado no trimestre anterior".
Para esta evolução contribuiu sobretudo a administração central (3.887 milhões de euros), que apesar da "ligeira redução" da dívida nas empresas públicas reclassificadas, foi penalizada pelo aumento do financiamento destas entidades pelo Estado (711 milhões, o equivalente a 0,5 pontos percentuais do PIB).
A ótica de Maastricht é aquela que é relevante para a avaliação da trajetória da dívida e do défice no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE), que Portugal tem de cumprir.
Ouvido pela TSF, Rui Nuno Baleiras, vogal executivo do Conselho de Finanças públicas, sublinhou que é preciso um acordo urgente entre os partidos.
No entender deste responsável, só assim se pode atingir a meta para o défice deste ano e travar a subida da dívida pública.