
Durão Barroso
dr
O presidente da Comissão Europeia pediu aos países da zona euro para não excluírem os parceiros europeus, que não fazem parte da moeda única, para não criar um fosso entre grupos.
Corpo do artigo
Numa entrevista publicada hoje no diário alemão Süddeutsche Zeitung , Durão Barroso defendeu que «os (17) países da zona euro devem aproximar-se e coordenar-se melhor», o que não pode ser feito «independentemente do mercado comum» dos 27 países da União Europeia.
O presidente da Comissão Europeia defendeu que dever «evitar-se criar um fosso entre os dois grupos, porque senão o euro vai perder a sua base».
Os países da Europa de Leste ainda não membros da zona euro têm estado afastados dos debates da união monetária, à qual serão chamados a juntar-se mais tarde ou mais cedo.
Ao colocar a tónica sobre a necessidade de coordenação à escala de toda a União Europeia, Barroso sublinhou a importância da sua instituição (Comissão Europeia) enquanto «representante natural» dos interesses dos 27.
Barroso rejeitou ainda a ideia da França e Alemanha para a criação de novos órgãos à escala exclusiva da zona euro.
«É ilusório acreditar que os detalhes da política da zona euro poderão ser regulados em duas reuniões por ano entre os chefes do governo», referiu.
O responsável salientou que «não se trata de dar à Comissão Europeia mais poder por si só», mas admitiu estar «convencido que a Europa só funciona com as suas instituições e não contra elas».
Em Estrasburgo, Durão Barroso já tinha manifestado a sua posição aos deputados europeus.