“É possível fazer em menos tempo." Mineiro Aires diz que construção do novo aeroporto “não parte do zero”
À TSF, o antigo presidente da Comissão de Acompanhamento aos trabalhos da Comissão Técnica Independente do novo aeroporto sublinha que "alguma coisa se aproveita” do estudo desenvolvido em 2009
Corpo do artigo
Carlos Mineiro Aires, que liderou a comissão de acompanhamento do novo aeroporto de Lisboa, acredita que “é possível” concluir o projeto em menos de seis anos, data prevista pela concessionária. À TSF, o antigo presidente da comissão técnica saúda que o processo do novo aeroporto “esteja a andar”.
A ANA Aeroportos prevê a abertura do novo aeroporto de Lisboa em meados de 2037, ou, com otimizações ao cronograma a negociar com o Governo, no final de 2036, segundo o relatório inicial entregue em dezembro e esta sexta-feira publicado.
“Acho que é possível fazer um aeroporto em menos tempo. Desde que exista uma convergência de interesses e de esforços nesse sentido, é possível com certeza”, afirma Mineiro Aires.
Apesar da “série de partes burocráticas agora no início” do processo, o presidente da Comissão de Acompanhamento aos trabalhos da Comissão Técnica Independente do novo aeroporto sublinha que “não se vai partir do zero”.
“Recordo que uma das vantagens que esta localização tinha é que já tinha um estudo feito em 2009, que obviamente não está válido, mas alguma coisa se aproveita”, frisa.
A gestora aeroportuária salientou ainda que o novo aeroporto é um projeto de grande escala, que depende de infraestruturas que assegurem a sua acessibilidade - terceira ponte sobre o rio Tejo, ligações rodoviárias e ferroviárias a Lisboa e infraestruturas de abastecimento - "por desenvolver pelo Estado, quer diretamente, quer via entidades terceiras".
Neste aspeto, Mineiro Aires concorda com a concessionária, sublinhando que “as coisas estão interligadas”.
Para o ex-presidente do Conselho Superior de Obras Públicas, “é muito importante para a economia nacional que o aeroporto tenha uma solução rápida e que tenha condições para servir o país”.
A ANA estima uma evolução para cerca de 52 milhões de passageiros em 2060 no novo aeroporto, contra os 35 milhões de passageiros atuais no Aeroporto Humberto Delgado, sendo que a infraestrutura planeada para a inauguração do Luís de Camões foi desenvolvida para uma capacidade inicial de 45 milhões de passageiros.
