Os ministros da Economia e Finanças dos 27 vão tentar avançar no debate sobre a União Bancária. Um dos pilares deste processo é o mecanismo de supervisão, que parece cada vez mais longe de ser consensual.
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O plano que vai estar em cima da mesa deixa fora da supervisão os bancos mais pequenos.
Esta opção da presidência cipriota encaixa perfeitamente na vontade do governo de Berlim, que defende a supervisão bancária apenas para os bancos considerados sistémicos, ou seja, aqueles que em caso de descontrolo representarão mais risco para a estabilidade da moeda única.
As instituições com ativos inferiores a 30 mil milhões de euros não vão ser auditadas, caso a proposta da presidência semestral consiga a "luz verde" dos ministros da Economia e Finanças.
Serão alvo de surpervisão, os bancos que detenham ativos superiores a 20 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em que estão sedados e os que tenham filais em pelo menos três Estados-membros que venham a integrar supervisão bancária.
É uma proposta àquem da ideia inicial, que visava dotar o Banco Central Europeu (BCE) de poderes para a supervisionar a totalidade dos bancos na Europa já em janeiro.
No entanto, de acordo com o plano, que hoje será debatido, a supervisão bancária vai ser de novo adiada, para o segundo trimestre de 2014.
Mas o aval não está garantido. A França e a Espanha entendem que os bancos mais pequenos também representam risco e defendem a supervisão para as 6000 instituições da União Europeia.
Contudo, a proposta colocada hoje no debate vai ao encontro da intenção alemã, de afastar os bancos mais pequenos da auditoria do supervisor.