A economia portuguesa cresceu 1,4 por cento no terceiro trimestre. Mas os dados do Instituto Nacional de Estatística mostram também uma desaceleração, pelo segundo trimestre consecutivo.
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Em comparação com o período homólogo de 2014, o produto interno bruto aumentou 1,4 por cento. Em relação ao comportamento da economia portuguesa desde o início do ano, há uma travagem. Nos restantes meses de 2015, o PIB cresceu 1,6 por cento.
Os números revelados esta manhã mostram também sinais de quebra no investimento e no consumo interno. Explica o INE que esse contributo positivo da procura interna é menor entre julho e setembro, o que reflete a "desaceleração do investimento e, em menor grau, do consumo privado".
Esta desaceleração não é um exclusivo de Portugal. Acontece o mesmo noutras economias estagnadas. França aponta agora para um crescimento pouco acima de um por cento no final do ano, depois de uma subida de apenas três décimas entre julho e setembro. O mesmo cenário vive-se na Alemanha.
O governo de Pedro Passos Coelho prevê um crescimento do PIB de 1,6 por cento em 2015. Uma previsão em linha com a do Fundo Monetário Internacional. Já a Comissão Europeia e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) esperam um crescimento da economia portuguesa de 1,7 por cento este ano.
Reações de sinal contrário
O PS considera que os números revelam uma desaceleração do crescimento económico e a necessidade de mudar a política económica do país. João Galamba, vice-presidente da bancada socialista, diz que os portugueses têm motivos para estarem preocupados com a execução orçamental.
Para o PSD, os números revelados pelo INE revelam o crescimento da economia do país e "confirmam" que é possível cumprir as metas do défice. António Leitão Amaro, vice-presidente do grupo parlamentar social-democrata, fala de um crescimento económico saudável.