Rosália Amorim, diretora do Dinheiro Vivo, reagiu à OPA da China Three Gorges sobre a EDP.
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Perante o anúncio de que a China Three Gorges lançou, esta sexta-feira, uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) voluntária sobre o capital da EDP, Rosália Amorim, diretora do Dinheiro Vivo, analisou a situação na TSF e garantiu que tudo se prende com o facto de a EDP ser "uma estrela nacional e muito apetecível para os investidores".
Referindo que a empresa tem tido uma "gestão elogiada em vários mercados" e um posicionamento "à frente em muitos mercados-chave, como é o caso das renováveis", Rosália Amorim explica que "há muitas empresas interessadas nesse papel que a EDP está a ter porque no fundo projeta o setor da energia para o futuro".
Em causa estão "empresas que são europeias - de mercados alemães, espanhóis, franceses - mas também dos chineses que acabam de fazer esta OPA" e que veem na EDP Renováveis o "grande fator atrativo".
Perante o cenário conhecido esta sexta-feira, a diretora do Dinheiro Vivo explica que "não é qualquer companhia que consegue lançar uma OPA sobre a EDP, só uma companhia com grande fôlego financeiro", até porque "quem ficar com a empresa assumirá uma dívida de 13.8 mil milhões de euros".
Ainda antes de saber os pormenores da OPA, Rosália Amorim frisou que, na sua opinião, a oferta só poderia ter "sucesso" se a intenção fosse de comprar 51% da empresa - algo que se veio a confirmar-se no comunicado da CMVM -, principalmente porque Bruxelas tentaria "barrar esse negócio" se se tratasse de 100%.
Para além das condições apresentadas, a especialista assegura que "o que é importante saber é se vai haver alguma contra-OPA de alguma outra operadora de energia".
Neste momento, perante o lançamento da OPA, Rosália Amorim explicou que "os acionistas poderão certamente ganhar porque as ações, logo que voltarem ao mercado, tenderão a subir". "No consumo e no preço da fatura temos de esperar para ver", frisa, adiantando que a concorrência é sempre favorável ao cliente.