Efeitos recessivos de corte de quatro mil milhões prejudiciais à economia, diz CIP
Para a CIP, este corte feito em tão pouco tempo é «incompatível com a saída da economia portuguesa do presente ciclo vicioso da austeridade orçamental e recessão».
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A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) entende que os efeitos recessivos de um corte de quatro mil milhões de euros na despesa pública até 2014 são prejudiciais à economia.
Pedro Camacho defendeu que os «efeitos recessivos da redução da despesa de cerca de 2,4 por cento do PIB em tão curto prazo são incompatíveis com a saída da economia portuguesa do presente ciclo vicioso da austeridade orçamental e recessão».
No Parlamento, este dirigente da CIP insistiu «na urgência de redefinir o papel do Estado e de proceder a uma profunda reforma de toda a Administração Pública e setor empresarial do Estado».
«Tal retoma precisa de tempo para ser bem preparada e implementada», adiantou Pedro Camacho, que lembrou que o «ritmo de consolidação mesmo pela via mais saudável da redução da despesa deverá ser compensado com algum alívio das pressões sobre a procura interna».
«A consolidação orçamental terá, por isso, de prosseguir pelo lado da despesa, embora de forma mais moderada», concluiu.