Esta subida representa um acréscimo de 1,75 euros numa factura média de 50 euros, divulgou esta quinta-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
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A tarifa social, que vai beneficiar cerca de 666 mil clientes vulneráveis, vai ter um acréscimo de 2,3 por cento, representando cerca de 57 cêntimos numa factura média mensal de 26 euros já com o IVA de 23 por cento incorporado.
Em relação aos restantes 4,7 milhões de clientes domésticos, o aumento das tarifas de venda a clientes finais para 2012 é de 1,75 euros para uma factura média mensal de 50 euros, o que também já prevê a actualização do IVA para 23 por cento, adianta o regulador do mercado.
Para a ERSE, os principais factores que provocaram um aumento das tarifas para 2012 estão relacionados com o custo da matéria-prima nos mercados internacionais, que se prevê superior a 25 por cento relativamente a 2011, os incentivos económicos dados à produção em regime especial (renováveis e co-geração), que serão atenuados pelo alisamento quinquenal e a evolução do consumo de energia eléctrica, em que se antecipa uma queda de três por cento relativamente a este ano.
Em relação aos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), que impactam em mais de 50 por cento na factura de electricidade dos portugueses, a ERSE revela que este item tem uma «tendência acentuada de crescimento» desde 2000, mas que, em 2012 baixará devido «ao efeito da subida do preço de energia em mercado», factor que faz baixar o sobre-custo das renováveis e co-geração.
Em termos de défice tarifário, a entidade reguladora estima que se situe nos 1628 milhões de euros em 2012 contra os actuais 1758 milhões de euros.