O setor da construção é o mais afetado pela crise em Portugal, com um peso próximo de um terço sobre o total das 4.746 insolvências de empresas registadas no país em 2011, revelou a Cosec.
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Em termos globais, as 4.746 insolvências de empresas em Portugal correspondem a um aumento de 16 por cento face ao ano anterior, ao passo que, a nível mundial, as insolvências decresceram três por cento.
«O setor da construção representa quase um terço do total das insolvências em 2011 com uma variação homóloga de 13 por cento face ao número de casos de insolvência, tornando-se o setor mais relevante para a análise dos distritos mais afetados (Porto, 23 por cento, Lisboa, 24 por cento e Braga, 28 por cento)», lê-se no comunicado hoje divulgado.
A nível mundial, em 2011, as insolvências desceram três por cento. «Para 2012 perspetiva-se um aumento nas insolvências a nível mundial de três por cento, com especial incidência na Europa (12 por cento)», antecipou a Cosec.
«O menor crescimento que se perspetiva para a atividade comercial a nível mundial, em conjunto com políticas monetárias e fiscais mais restritivas, sobretudo na Europa, deverão refletir-se em 2012 no aumento do número de falências de empresas», afirmou Berta Dias da Cunha, administradora da Cosec.
A responsável acrescentou que «esta tendência será mais pronunciada na Europa, devido à retração da procura e às dificuldades de financiamento encontradas pelas empresas. Este enquadramento exigirá uma atenção especial das empresas na gestão dos seus créditos comerciais».
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]