Empresas 'rent-a-car' sem instalações nos aeroportos recusam pagar novas taxas
Entra hoje em vigor um novo regime de taxas que implica, na maioria dos casos, um pagamento extra de 17 euros por viatura alugada para as empresas 'rent-a-car' que estão nos aeroportos.
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As empresas de aluguer de automóveis manteem-se firmes na decisão de resistir, não pagando e recorrendo aos tribunais.
A partir de hoje a ANA - Aeroportos de Portugal quer impor a todas as 'rent-a-car' não concessionadas, ou seja, as que não têm balcão nos aeroportos e que são a grande maioria, uma taxa de 17 euros mais IVA por cada viatura que entreguem aos clientes.
A ANA alega que é uma forma de regulamentar a atividade nos terminais dos aeroportos. As empresas não aceitam, dizem que não pagam e prometem recorrer para a justiça.
A ANA, contactada pela TSF, diz que numa primeira fase vai isentar de pagamento das taxas as reservas que comprovadamente tenham sido efetuadas antes do dia 25 de fevereiro e que se venham a concretizar no período entre 1 de abril e 30 de setembro de 2014.
Desta forma, a ANA considera estar a responder à principal preocupação manifestada por estas empresas, pelo facto de não conseguirem repercutir nessas reservas já efetuadas, os custos a suportar com a aplicação do regulamento.
A Associação de Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC) diz que a medida não é suficiente, alegando que esta decisão vai abranger apenas um pequeno número de contratos, já que a maior parte dos clientes faz as reservas em cima da hora.
Joaquim Robalo de Almeida, presidente da associação, não tem dúvidas de que a medida terá um efeito muito gravoso para lá das empresas do setor.
A taxa de serviço, criada no âmbito de um novo regulamento da responsabilidade da ANA - Aeroportos de Portugal, pode ir dos 10 aos 17 euros, no caso das viaturas, e dos 20 aos 24 euros, no caso dos 'shuttles' (pequenos autocarros para transporte de passageiros).