A conclusão resulta de números oficiais do Ministério da Economia, hoje divulgados pelo Diário de Notícias, e que mostram ainda que apenas uma pequena parte dos contratos não são temporários.
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Apenas um em cada cinco contratos não é a termo e mais de metade dos contratos efetuados são para períodos de apenas seis meses.
Pelas contas do Diário de Notícias (DN) até ao início desta semana a medida "Estímulo 2012" deu origem à contratação de mais de 4800 trabalhadores, 22 por cento dos quais contratados sem termo, entre os outros 78 por cento contratados a termo.
Mais de 2300 foram contratados a seis meses e menos de 1500 pessoas têm contratos entre seis meses e três anos.
A iniciativa prevê que as empresas que contratem desempregados e lhes deem formação sejam subsidiadas em 50% do salário pago ao contratado, até um máximo de 419 euros por mês e durante um período de seis meses.
Ora os dados avançados pelo Ministério da Economia ao DN mostram que o valor médio da ajuda que está a ser concedida é de pouco mais de 323 euros mensais, o que significa que o salário médio a ser oferecido pelas empresas candidatas à medida não ultrapassa os 660 euros.
Como se trata de contratos na maioria de seis meses, as empresas conseguem recrutar um novo trabalhador a tempo inteiro por um valor bastante inferior aos cerca 970 euros de remuneração base média mensal registados em Portugal e aquém dos 834 euros que poderiam oferecer se pretendessem maximizar a utilização da comparticipação que lhes é oferecida.
A medida "Estímulo 2012" arrancou em fevereiro deste ano e até agora recebeu 7970 ofertas de emprego de 3700 empresas.