No dia do encontro entre Merkel-Sarkozy, o executivo comunitário refere que é «positivo» que países da união monetária se proponham a «encontrar formas de reforçar o euro».
Corpo do artigo
Para o executivo comunitário é «positivo» o encontro entre Merkel e Sarkozy, mas o porta-voz da Comissão Europeia, Olivier Bailly, insistiu que é momento de colocar em prática as medidas adoptadas na cimeira da Zona Euro, lembrando ainda que a comissão tem vindo a forçar essas melhorias na governação económica há anos.
«Fizemo-lo na eminência do primeiro problema com a Grécia e depois com Irlanda e Portugal. A comissão apresentou, no dia 29 de Setembro do ano passado, propostas legislativas concretas, primeiro para fortalecer a implementação do Pacto de Estabilidade e Crescimento e, segundo, para evitar grandes desequilíbrios entre os estados-membros», referiu.
Para Olivier Bailly é natural que o tema eurobonds não esteja na agenda do encontro porque a Europa não está politicamente preparada.
«Pensamos que é uma ideia muito interessante que certamente melhoraria a governação. Não temos a certeza que o debate político esteja preparado para tal avanço e como o comissário Rehn disse no Parlamento, em Junho, vamos avançar com o relatório sobre viabilidade de tal ideia, logo que o conselho e o parlamento tenham de adoptado o pacote de pacto de seis medida para a governação económica», afirmou.
O porta-voz da comissão preferiu, por isso, esperar pelo resultado da "mini cimeira" desta terça-feira, em vez de avançar com expectativas. Contudo, reiterou que vale a pena o debate entre os dois líderes.
«É sempre muito positivo quando os estados membros, especialmente a França e a Alemanha, se sentam lado a lado e discutem essas assuntos importantes como forma de encontrar soluções para a Zona Euro», elogiou Olivier Bailly.
Por agora, a Comissão Europeia quer ver desenvolvimentos concretos nas decisões tomadas na cimeira do euro e promete alguns meses depois apresentar o estudo sobre a viabilidade das eurobonds.