
Saldos
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Na véspera do fim do período de saldos de Inverno, associações do sector notam quebras significativas em relação à época de saldos do ano passado.
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O presidente da Associação dos Comerciantes do Porto, Nuno Camilo, não quer falar em balanço negativo mas antes «menos bom», sublinhando que as constantes promoções e as quebras contínuas nos últimos anos pioram as contas para os comerciantes.
«O balanço que fazemos é consideravelmente menos bom, apesar das quebras só terem atingido 30 por cento, não podemos esquecer que nos últimos anos se foram acentuando. Isto é o resultado da falta de poder de compra das famílias e, acima de tudo, o aumento de custo de vida», destacou Nuno Camilo.
«Além disso, constata-se que ao longo do ano deixamos de ter épocas normais e passamos a ter épocas constantes de promoções e de saldos», acrescentou.
Em declarações à TSF, Nuno Camilo diz que os sectores têxtil e do calçado foram os mais afectados, e que até as condições meteorológicas ajudaram às quebras no consumo.
«O sector do vestuário e do calçado são os que têm sentido a maior quebra. E acresce este ano, que a própria época de frio não ter sido normal. Portanto, as famílias deixaram de comprar um casaco ou outro porque [o tempo] estava mais quente», frisou.
O presidente da Associação dos Comerciantes do Porto revelou que os portugueses com maior poder de compra também estiveram, este ano, menos amigos dos saldos.