Um dirigente da CIP lembra que o pagamento uniforme dos subsídios de férias e natal já dava muitos problemas às empresas, que ficam agora em situação ainda mais difícil.
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A CIP entende que foi um «verdadeiro desastre» a hipótese de os trabalhadores do setor privado poderem escolher se os subsídios de férias e natal poderão ser pagos em duodécimos ou por inteiro, como até aqui.
No Parlamento, o secretário-geral adjunto da CIP explicou que as empresas que já tinham muitíssimos problemas» com a forma uniforme de pagar estes subsídios passam agora a ter ainda mais dificuldades.
«Com situações diferenciadas vai ser uma verdadeira calamidade», sublinhou Rocha Novo, que diz que as «empresas estão em verdadeiro pânico com a solução» proposta pelo PS e aprovada pela maioria PSD/CDS.
Sobre a redução das indemnizações por despedimento, a CIP defende que este tipo de compensação deve descer abaixo dos 12 dias em concordância com o que diz o memorando de entendimento com a troika.
«Era expectável que estando entre os oito e os 12 dias ficássemos aquém do limite máximo», adiantou Rocha Novo, que afirmou que viu com «expectativa gorada» a decisão do Executivo pelos 12 dias.
No tocante ao fundo de compensação para despedimentos, «o que é absolutamente necessário é que quaisquer encargos que venham a ser diretamente imputáveis às empresas é que se espere que estas em termos financeiros encontrem um quadro diferente do que têm hoje».
«As empresas atravessam um momento em que não têm dinheiro para este tipo de afetações. Se as empresas nesta altura fossem forçadas a fazer este tipo de afetação de dinheiro ficaria posto em causa salários e pagamento a fornecedores», frisou.