
REUTERS/Susana Vera
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e o seu homólogo italiano, Enrico Letta, defenderam hoje que o próximo Conselho Europeu, em junho, tem que decidir a concretização da união bancária europeia e medidas para diminuir o desemprego jovem.
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Em conferência de imprensa em Madrid, os dois chefes de governo explicaram que pretendem apresentar propostas conjuntas sobre os dois temas no próximo Conselho Europeu, quase um ano depois de se ter aprovado a união bancária, sem que até agora se tenha concretizado.
«Que se tomem o quanto antes as decisões» adotadas em 2012, apelou Mariano Rajoy, citado pela agência espanhola EFE, enquanto Enrico Letta advertiu que o fracasso da próxima reunião de líderes dos 27 animaria os movimentos antieuropeus.
Para o chefe de Governo espanhol, se houvesse união bancária, o problema do Chipre, com as respetivas consequências para os investidores, «não tinha acontecido».
Já o primeiro-ministro italiano defendeu «um sistema bancário mais sólido» e com taxas de juro mais baixas para as pequenas e médias empresas (PME), alertando também para a necessidade de medidas para a criação de emprego jovem.
Os governantes rejeitaram que a criação da união bancária europeia signifique uma «batalha» contra a chanceler alemã, Angela Merkel, salientando que estão dispostos a fazer «o que for preciso» para que a Europa volte ao crescimento sustentado.
«É fundamental que o próximo conselho de julho seja um esforço» pró-Europa «e também a favor da Alemanha», porque se a procura diminui «nada se salva».
Mariano Rajoy adiantou que, em Espanha, vão prosseguir as reformas estruturais para reduzir o défice público, considerando que «não são uma opção», mas um compromisso com o futuro do país.