A ajuda externa a Espanha deverá ascender aos 100 mil milhões de euros, anunciou hoje o Eurogrupo e será canalizado para o país através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).
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«O valor do empréstimo terá de cobrir os requerimentos estimados de capital com uma margem adicional de segurança, e, somando, estima-se que será, no total, de 100 mil milhões de euros», disse o Eurogrupo, em comunicado.
Além de reformas no setor bancário, os ministros das finanças da zona euro impõem condições para que a verba seja atribuída, nomeadamente o cumprimento das medidas já assumidas de combate ao défice excessivo e de correção de desequilíbrios orçamentais, no quadro do Semestre Europeu.
«O progresso nessas áreas será revisto atenta e regularmente, paralelamente à ajuda financeira», lê-se no comunicado.
O Eurogrupo sublinha que a condicionalidade política que será traçada para a assistência financeira «focar-se-á em reformas específicas do setor financeiro, incluindo planos de restruturação em linha com as regras para as ajudas de Estado e com reformas estruturais horizontais do setor financeiro espanhol».
Assim que houver um pedido formal do Governo de Madrid, será feita uma avaliação pela Comissão [Europeia], em ligação com o Banco Central Europeu, Autoridade Bancária Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os fundos a atribuir a Espanha deverão ser geridos pelo Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), criado em 2009 por Madrid para reformar o sistema financeiro, que os canalizará para as instituições envolvidas.
O governo espanhol vai pedir um resgate financeiro para ajudar a banca do país, anunciou hoje o ministro da economia espanhol, num programa de auxílio que, segundo o comunicado do Eurogrupo, condiciona a ajuda a reformas no setor financeiro, e será acompanhado pelo FMI.