A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou não haver muito mais que aquela organização pudesse pedir ao Governo espanhol e descartou a ideia de implementação de um resgate.
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«Quando vemos o que Espanha realizou e tem vontade de realizar, não há muito mais que o FMI podia pedir se esta estivesse num programa» de assistência, afirmou a responsável do FMI num encontro com jornalistas, citada pela agência espanhola EFE.
Apesar de aquilo que tem vindo a ser implementado pelo Executivo de Mariano Rajoy, a diretora da organização sediada em Washington alertou que as medidas correm o risco de não causar o impacto desejado, devido à «incerteza» em torno da zona euro.
Para além disso, Lagarde considerou «adequado» o montante de 100 mil milhões de euros destinados ao sistema financeiro espanhol.
Na última revisão das previsões para a economia espanhola, o FMI estimou que a contração este ano seja de 1,7 por cento e que 2013 assista a uma redução de 1,2 por cento.
A agência de notação Standard & Poor's manteve hoje inalterada a qualificação da dívida de Espanha, tanto a curto como a longo prazo, apesar de reconhecer o «firme compromisso com o ajuste económico e fiscal» do Governo.
Na decisão comunicada hoje a S&P mantém o 'rating' de longo prazo em BBB+ e o 'rating' a curto prazo em A2, com perspetiva negativa nos dois cenários.