Espanha: Prazo de venda de "aeroporto fantasma" ampliado a pedido de empresa chinesa
O prazo de venda do aeroporto de Ciudad Real (Espanha), em concurso de credores e sem voos há 20 meses, devido ao interesse de um grupo chinês, foi prolongado.
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A decisão foi tomada pelo tribunal mercantil desta localidade, dando parecer positivo a um pedido dos administradores concursais da infraestrutura, que esperam em breve uma oferta formal do grupo chinês HNA.
O prazo de venda foi ampliado até 17 de março.
O interesse do HNA ocorre poucas semanas depois de o grupo ter alcançado o controlo de 24,5% do capital da rede de hotéis NH, depois de comprar à sociedade Pontegadea (de Amancio Ortega, fundador da Zara) 4,059% do capital.
Esta foi a segunda vez que se prolongou o prazo de venda do aeroporto, inicialmente marcado entre 9 e 27 de dezembro do ano passado e aberto a ofertas no valor mínimo de 100 milhões de euros.
Considerado um dos principais ícones da bolha da construção em Espanha - e exemplo regular de maus gastos públicos - tem 28 mil metros quadrados de instalações e uma pista de quatro quilómetros (das mais longas da Europa).
Pensado com capacidade para acolher até cinco milhões de viajantes por ano, desde a sua inauguração, a 18 de dezembro de 2008, recebeu apenas 100.000.
A operação faz parte da liquidação realizada pela sociedade CR Aeroportos S.L.
A compra da infraestrutura não incluirá necessariamente o trespasse da licença de voo concedida pela Agência Estatal de Segurança Aérea (AESA).
Inaugurado a 18 de dezembro de 2008, o aeroporto tinha, dois anos depois, uma média de apenas uma dezena de passageiros por cada um dos dois voos diários.
A Vueling, última empresa aérea a usar a infraestrutura, suspendeu as suas operações em agosto de 2011, tendo o aeroporto ficado apenas para uso de pequenos voos privados que também acabaram por ser totalmente suspensos em 2012.