A Espírito Santo International admite oficialmente que não está em condições de cumprir as obrigações para pagar dívidas e acaba de anunciar que pediu no Luxemburgo proteção contra credores.
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O comunicado da empresa, citado pela agência Lusa, adianta que o regime de gestão controlada permitirá defender os interesses dos «credores de forma transparente e ordenada sob o controlo dos tribunais».
«Atualmente, a Espírito Santo International (ESI) não está em condições de cumprir as suas obrigações, devido à maturidade de uma parte significativa da sua dívida», explica a holding do Grupo Espírito Santo (GES).
Este era já um passo esperado. Se o pedido for autorizado pelas autoridades luxemburguesas, a maioria das ações judiciais interpostas pelos credores serão suspensas, «exceto certos acordos de garantia financeira válidos, de forma a permitir a implementação de um plano de gestão e liquidação de ativos sob o controlo de um tribunal», adianta o comunicado.
«A ESI acredita que o regime de gestão controlada permitirá defender os interesses dos seus credores de forma transparente e ordenada sob o controlo dos tribunais e respetivos oficiais nomeados (comissaires), permitindo em particular um processo de gestão do valor dos ativos para os credores mais adequado do que uma liquidação rápida e massificada», sublinha a empresa.
Os credores, acrescenta a ESI, «serão informados, em devido tempo e de forma apropriada, sobre os progressos realizados».