A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica espera que o Governo avance até ao final do ano com alguma medida que reduza as dívidas.
Corpo do artigo
O Estado deve às farmacêuticas cerca de 900 milhões de euros. Os números são avançados à TSF pela Apifarma, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, que espera que o Governo avance até ao final de 2018, como tem sido comum noutras alturas, com uma redução deste valor.
O presidente da Apifarma, João Almeida Lopes, adianta à TSF que este é um problema crónico em Portugal relacionado com o subfinanciamento da saúde pelo Estado.
Comparando com igual período do ano passado, o representante das farmacêuticas diz que, este ano, a dívida é maior em perto de 50 milhões de euros.
TSF\audio\2018\10\noticias\30\30_out_joao_almeida_lopes_1
Apesar de ser maior que na comparação homóloga de 2017, a dívida do Estado que se regista hoje é ainda menor que os níveis recorde registados antes da intervenção da troika. Mesmo assim, João Almeida Lopes afirma que o arrastar do problema é preocupante.
TSF\audio\2018\10\noticias\30\30_out_joao_almeida_lopes_2
O presidente da Apifarma diz que os gastos do orçamento público da saúde em Portugal continuam abaixo da média de outros países desenvolvidos.
João Almeida Lopes acrescenta que, para o próximo Orçamento do Estado de 2019, o total das rubricas da saúde até perdeu peso quando comparado com 2018 - o que é, afirma, contrário ao que acontece noutros países da OCDE, onde as despesas aumentam fruto do envelhecimento da população e dos medicamentos inovadores.