Os dados estão num relatório da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública que indica que Portugal pagou no ano passado um recorde de sete mil milhões de euros em juros.
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De acordo com este relatório, citado pelo Diário Económico, destes sete mil milhões de euros, mil milhões serviram para remunerar os empréstimos concedidos pela União Europeia e pelo FMI ao abrigo do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).
Em 2011, lembra a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), a fatura tinha sido de seis milhões de euros.
No final do ano passado, a troika tinha concedido a Portugal empréstimos no valor de 63 mil milhões de euros. Os financiamentos concedidos pela troika em 2012 tiveram «uma maturidade média próxima de 15 anos e a uma taxa média de três por cento versus cerca de 4 por cento em 2011», refere o IGCP.
Do total dos encargos financeiros com dívida, os detentores de Obrigações do Tesouro levaram a maior fatia - 4,66 mil milhões de euros. No final de 2012 o financiamento via obrigações era de 93,6 mil milhões de euros. Já os investidores em Bilhetes do Tesouro receberam juros de 572 milhões de euros.
Por outro lado, os encargos do Estado para fazer face aos juros dos certificados de aforro e do tesouro situaram-se em 303 milhões de euros em 2012, segundo o relatório anual do IGCP.