Há mil agentes da polícia, guardas e outros funcionários a guardar pelo menos 10 mil veículos. Uso destes carros pela polícia é possível mas muito demorado. Governo quer reduzir custos desta operação.
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São 10 mil veículos guardados em 380 parques em todo o país, e que ocupam um milhar de funcionários do Estado, entre agentes da polícia, guardas e outros trabalhadores.
No relatório do Orçamento do Estado para 2018, o Governo explica que estão atualmente à guarda de diversas entidades do Estado vários milhares de veículos, normalmente em situações jurídicas que se prolongam, com frequência por longos períodos de tempo.
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O Executivo argumenta que a guarda e a longa imobilização dos automóveis, motas e outros meios motorizados de transporte acarreta elevados custos económicos e ambientais, e também custos para o Estado, com a alocação de agentes de força pública a estas funções.
Já existem mecanismos legais que possibilitam o uso destes veículos pelos órgãos de polícia criminal, mas a tipologia dos automóveis e motas nem sempre o permite. Para além disso, entre o momento da apreensão e à disponibilidade do veículo para utilização pelas autoridades, passam muitas vezes vários anos.
O Governo garante que está a diagnosticar a situação e que já identificou pelo cerca de 10 mil veículos nestas condições, que estão a ser guardados por cerca de um milhar de agentes, guardas e outros funcionários do Estado.
O Executivo assegura que tem em preparação um plano para promover uma gestão mais racional e eficaz dos veículos apreendidos, com o objetivo de reduzir os custos que a guarda prolongada implica (seja pelos imóveis que lhes estão alocados, os custos ambientais, nomeadamente de contaminação de solos, e os recursos policiais afetos a estas tarefas).