A medida foi anunciada durante a apresentação dos resultados da avaliação da troika. Do setor energético, as reações são cautelosas. O ministro do Ambiente remete para esta sexta-feira mais explicações.
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O vice-primeiro ministro anunciou, esta quinta-feira, que vão ser reduzidas as rendas pagas ao setor da energia. O anúncio foi feito durante a apresentação dos resultados da avaliação da troika.
O secretário de Estado Carlos Moedas, também presente na conferência, garantiu que os consumidores não vão ser penalizados.
«Há fatores que não dependem do governo como o consumo, o preço do petróleo, o CO2, e esses factores infelizmente avançaram num sentido desfavorável. A equipa do ministerio do ambiente apresentou medidas para conseguir colmatar essa diferença», adiantou o secretário de estado.
Ouvido pela TSF, Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, uma das fornecedoras de eletricidade em Portugal, adiantou que nestas circunstâncias será inevitável fazer refletir nas facturas quaisquer encargos suplementares.
O presidente da Endesa Portugal adianta, no entanto, que sem criar impostos ou taxas sobre o sector energético há margem para mexer nos custos finais da factura ao consumidor.
Outra voz do sector, Eduardo Catroga, presidente do Conselho Geral da EDP, lembra que o Estado vendeu há poucos meses as últimas ações que tinha na empresa e fez o negócio com alguns pressupostos que Catroga espera não sejam agora alterados.
A TSF contactou o gabinete do ministro do ambiente Jorge Moreira da Silva que remete para esta sexta-feira, ao meio dia, todas as explicações sobre o que vai acontecer aos produtores de eletricidade.
Jorge Moreira da Silva diz que vai apresentar aos jornalistas o conjunto de medidas para o sector energético, no âmbito da oitava e nova avaliação da Troika.