A Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo disse «estranhar» que Portugal gaste seis milhões de euros para reparar uma corveta com 37 anos, quando um novo «patrulha» está por concluir há meses.
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«É uma opção um bocado estranha. Estamos a falar de um novo patrulha que temos quase pronto, mas que ficou parado, em termos de construção, porque faltam entre seis a nove milhões de euros para o acabar. Mas há dinheiro para reparar um navio com 40 anos», afirmou António Barbosa, porta-voz dos trabalhadores.
Em causa está a reparação, nos Estaleiros Navais de Alfeite, da corveta João Roby, uma encomenda que representa um encaixe de seis milhões de euros e que «estava já há um ano em curso», referiu hoje o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino.
O NRP João Roby é o segundo navio da classe "Batista de Andrade", de um total de quatro, e foi entregue à Armada portuguesa a 18 de março de 1975, para as funções de Escoltador Oceânico Ligeiro.
Com 84,5 metros de comprimento e uma velocidade máxima de 22 nós, o NRP João Roby transporta uma guarnição de 72 homens.
«É um navio que, fruto dos anos de serviço que tem, representa o dobro dos custos de operação que um navio novo, como o patrulha que estamos a construir teria», apontou o porta-voz da Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).