«Estamos hoje a viver mais de acordo com as possibilidades da economia» - Passos Coelho
O primeiro-ministro reconhece, no entanto, que a economia portuguesa vai precisar de investimento externo e crescimento das exportações «para voltar a crescer».
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O primeiro-ministro disse hoje em Tramagal, Abrantes, que os portugueses estão hoje a viver de acordo com as possibilidades do país, tendo afirmado que, se a economia crescer, também o nível de vida poderá voltar a subir.
«Ao contrário do que acontecia no passado, estamos hoje a viver mais de acordo com as possibilidades da nossa economia. Queremos, naturalmente, alargar a base da nossa economia e obter dentro de pouco tempo uma possibilidade de crescimento ainda mais intensa para que a economia remunere melhor os seus fatores e a sociedade», afirmou na fábrica da Mitsubishi, que hoje comemorou 50 anos de produção automóvel.
«Portugal tem conquistado nos últimos três anos mais quota de mercado externo e melhor desempenho na exportação de bens, subindo 4,6% em 2013», disse o primeiro ministro, tendo sublinhado que os dados «significam que, pela primeira vez, temos uma balança excedentária favorável sobre o exterior e que não necessitamos de financiamento externo».
Ainda assim, o primeiro-ministro adianta que «Portugal vai precisar do investimento estrangeiro nos próximos anos para voltar a crescer», defendendo a criação de "pontes" entre Portugal e os outros países, exemplificando com a parceria da Mitsubishi, que envolve Portugal, Alemanha e o Japão.
«Sabemos que o caminho que temos pela nossa frente é sustentado, na medida daquilo que a própria economia possibilitar", advogou.
«Os próximos três anos são decisivos para a economia e aí é que o investimento externo vai ser decisivo para a economia crescer. Nunca conseguimos crescer sem captação de investimento externo, mesmo que o Estado seja frugal», vincou.