
Estradas de Portugal
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Um relatório da Inspecção-geral de Finanças indica que a cobrança de portagens só deverá ser lucrativa a partir de 2025, o que poderá deixar esta empresa numa situação insustentável.
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A empresa Estradas de Portugal corre o risco de ficar sem dinheiro dentro de três anos, revela um relatório da Inspecção-geral de Finanças, a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo este estudo, a cobrança de portagens das SCUT continuará a ser manifestamente insuficiente, muito embora atenuem o crescimento das necessidades de financiamento desta empresa.
A Inspecção-geral de Finanças acrescenta que a cobrança de portagens só deverá ser lucrativa a partir de 2025 e que, nos próximos 14 anos as SCUT, vão ter um custo de 4,4, milhões de euros, o que pode tornar insustentável a situação da Estadas de Portugal.
Ainda de acordo com este documento, elaborado entre Setembro de 2010 e Junho de 2011, o agravamento da situação financeira desta empresa está também relacionado com o pagamento das subconcessões contratadas nos últimos três anos.
O agravamento das contas da Estradas de Portugal pode assim ultrapassar os 732 milhões de euros até 2015, sendo que a dívida bancária deverá ultrapassar os quatro mil milhões de euros.