Estreito de Ormuz será fechado a petroleiros se avançarem sanções às exportações de petróleo
O estreito de Ormuz, por onde passa 40 por cento do trânsito marítimo petrolífero mundial, será fechado a petroleiros se o Ocidente aplicar sanções às exportações de petróleo do Irão, ameaçou hoje o primeiro vice-presidente iraniano.
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«Se forem adoptadas sanções contra (as exportações de) petróleo iraniano, nem uma gota de petróleo passará pelo estreito de Ormuz», afirmou Mohammad Reza Rahimi, citado pela agência oficial Irna.
«Não desejamos hostilidade nem violência (...) mas os inimigos só abandonarão as suas conspirações quando os colocarmos no seu lugar», acrescentou.
Estas declarações foram feitas numa altura em que a marinha iraniana realiza manobras na zona do estreito de Ormuz. As forças navais, destacadas sábado para manobras que se deverão prolongar por dez dias, estão no leste do estreito, no mar de Omã, no Golfo de Áden e no Oceano Índico.
Segundo um porta-voz da marinha, hoje de manhã foram realizadas operações de lançamento de minas anti-navios e anti-submarinos.
As manobras em curso não preveem o encerramento do estreito de Ormuz, que liga o Golfo Pérsico ao Mar de Omã, segundo afirmou na quinta-feira o almirante Habibollah Sayyari, comandante da Marinha iraniana. O militar referiu, no entanto, que as forças iranianas controlam o estreito e podem encerrá-lo se for dada essa ordem.
Os Estados Unidos mantêm uma presença naval importante no Golfo Pérsico, a V Esquadra, que tem a sua base no Bahrein.