O gigante alemão não será a única marca envolvida no escândalo das emissões poluentes. Pelo menos é isso que sugere um estudo, publicado esta segunda feira, pela Transport & Environment, uma organização ambiental que trabalha com a comissão europeia.
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O relatório, intitulado "Mind the Gap, sugere que possa existir mais construtores de automóveis a adulterar os resultados.
Greg Archer, coordenador do estudo, diz à TSF que "a média da divergência entre os resultados oficiais e os resultados reais é muito grande".
"Em geral chega aos 40 por cento. Nalgumas marcas como a Mercedes, essa divergência ronda os 50 por cento. Nalguns modelos desta marca, como os classe A, C e E, o fosso chega aos 55 por cento", diz.
A diferença entre os valores de Co2 medidos e os anunciados por alguns fabricantes tem vindo a aumentar ano após ano. A questão é muito mais abrangente do que inicialmente se pensava uma vez que o o estudo deste think tank, a que a Quercus também pertence, encontrou mais modelos onde os valores são bem diferentes dos reais.
Para além dos modelos da Mercedes, o série 5 da BMW e Peugeot 308 também foram apanhados em contra mão. Estes modelos sãos os modelos que surgem logo a seguir com divergências ligeiramente abaixo dos 50 por cento. O Renault Megane, O Volkswagen Golf e o série 3 da BMW surgem logo a seguir a rondar os 40 por cento.
São resultados que levam o coordenador do estudo a concluir que o caso Volkswagen "é apenas a ponta do iceberg".
"Acreditamos que mais fabricantes de automóveis instalaram equipamentos defeituosos e também achamos que esses equipamentos foram usados noutras aplicações para além dos diesel", garante Greg Archer para quem a Comissão Europeia terá de fazer mais.
"Temos de sensibilizar as autoridades nacionais a investigar se os veículos certificados estão em conformidade e a comissão europeia tem de criar novos regulamentos sobre como os carros devem ser testados".
O estudo publicado esta segunda feira estima ainda que a divergência nos valores faz com que os condutores gastem em media mais 450 euros, por ano, do que seria suposto, em custos de combustível.