Um alto responsável do Tesouro norte-americano considerou hoje que cabe aos europeus ajudar a Grécia a encontrar «uma trajetória viável» para garantir a sustentabilidade das finanças públicas helénicas.
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As negociações em curso entre a Grécia e os credores da troika pretendem definir os meios de financiamento do país, em recessão pelo quinto ano consecutivo, sem agravar a dívida pública que deverá ultrapassar os 170% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
Questionado sobre a oportunidade de uma reestruturação da dívida grega detida pelos europeus, este alto responsável, citado pela AFP sob anonimato, disse apenas que era «extremamente importante (...) que a Europa ajudasse a Grécia a manter uma trajetória viável».
«Numa altura em que a Grécia está a adotar reformas difíceis (...) a Europa deve unir-se em torno destas reformas», acrescentou.
No seio da troika, o FMI já disse que não está disponível para aumentar o apoio financeiro à Grécia enquanto a União Europeia e o BCE continuarem relutantes em demonstrar mais apoio a Atenas, que obteve uma linha de crédito de 130.000 milhões de euros até ao final de 2014.
A Grécia está a concluir um novo plano de austeridade para conseguir que a troika aprove o pagamento de uma nova tranche no valor de 31.200 milhões de euros, vitais para as finanças helénicas.
O responsável norte-americano citado pela AFP disse ainda que «a Grécia e a troika estão próximas de um acordo», e reiterou que a Europa é o principal «vento contrário» para o crescimento mundial.