O euro segue hoje a cair face ao dólar pela 3ª sessão consecutiva perante os receios de a Espanha não ser capaz de cumprir os objetivos de redução do défice e de necessitar de um resgate internacional.
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Pelas 19h20 de Lisboa, a moeda única valia 1,3061 dólares, abaixo dos 1,3129 dólares a que negociava na quarta-feira.
A moeda norte-americana tem estado a desvalorizar face ao euro desde que o leilão do Tesouro espanhol de quarta-feira foi considerado «dececionante» ao não conseguir colocar os 3500 milhões de euros máximos, tendo-se ficado por 2589 milhões de euros em três emissões com maturidades distintas.
Com o foco das atenções virado para Espanha, o prémio de risco da dívida espanhola - o prémio que cobram os investidores por comprar dívida pública da Espanha em vez da Alemanha no mercado secundário - passou pela primeira vez os 400 pontos base desde finais de novembro.
Os analistas do Société Génerale consideraram hoje que os pressupostos do Orçamento do Estado proposto pelo Governo pioraram «a confiança na capacidade da Espanha em conseguir um equilíbrio entre a austeridade e o crescimento».
Já em declarações à agência Efe, o ministro da Economia, Luis de Guindos, disse que os «ataques» que a Espanha e outros países estão a sofrer criaram «volatilidade e nervosismo» nos mercados.
Já do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a empresa privada ADP revelou hoje que em março o setor privado teve um ritmo «sólido» de criação de emprego, ao acrescentar 290 mil novos postos de trabalho.
Também hoje, foi conhecido que os pedidos de subsídio de desemprego atingiram nos Estados Unidos os 357.000 na semana que terminou a 31 de março, marcando um novo mínimo desde há quatro anos.