Este Prémio Nobel da Economia considerou que o BCE tem de aumentar a inflação para três por cento durante os próximos cinco anos e fazer uma compra maciça de títulos da dívida soberana.
Corpo do artigo
O economista Paul Krugman entende que o euro continua a ter um risco elevado de colapso apesar dos avanços registados no último Conselho Europeu.
Entrevistado em Espanha, onde está a apresentar o seu mais recente livro, este Prémio Nobel da Economia considerou que o BCE tem de aumentar os níveis da inflação para três por cento durante os próximos cinco anos.
Krugman sugeriu ainda que França, Itália e Espanha têm de convencer a Alemanha sobre a importância de o BCE fazer uma compra maciça de títulos da dívida soberana ainda em 2012 e facilitar a liquidez aos govermos para provocar o aumento da inflação.
O economista norte-americano defendeu ainda que a Alemanha tem uma visão moral da dívida e alergia à inflação, algo que tem de ser invertido agora que a catástrofe parece óbvia.
Sobre o último Conselho Europeu, Krugman entende que foi dado um passo na direção certa, contudo, acha que são precisos muitos mais para que tudo se resolva.
O Prémio Nobel da Economia concorda com o resgate do setor bancário espanhol, que tem de ser bem feito, e defende que Espanha precisa de menos austeridade e de uma mudançana política macroeconómica europeia.