A Moody's baixou na quarta-feira as perspetivas de 17 bancos alemães e várias filiais, de «estáveis» para «negativas», dias depois de ter cortado a perspetiva do Estado alemão e do fundo de resgate europeu.
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Os estabelecimentos visados -- incluindo o KB Deutsche Industriebank e o Deutsche Postbank - são aqueles cuja avaliação financeira depende do «apoio do Estado federal alemão e/ou dos estados e dos distritos», explicou a agência de notação financeira, em comunicado.
Na segunda-feira, a Moody's baixou as perspetivas da Alemanha de «estáveis» para «negativas», devido ao «fardo» que as novas ajudas aos países da Zona Euro em dificuldades representa para a economia alemã.
Ao tomar esta decisão, a agência admite cortar o rating' máximo atualmente atribuído à maior economia europeia, o triplo A, que lhe permite financiar-se nos mercados a baixas taxas.
Berlim apressou-se a reagir à decisão da Moody's, afirmando que iria continuar a ser «a âncora da estabilidade» da Zona Euro, onde países como a Grécia, Irlanda e Portugal não conseguem financiar-se junto dos mercados, tendo de recorrer aos fundos internacionais.
Depois de ter baixado as perspetivas da Alemanha, Holanda e Luxemburgo, os três principais contribuintes do Fundo Europeu de Estabilidade Europeia (FEEF), a Moody's fez o mesmo para este fundo de resgate temporário da Zona Euro.