
Jeroem Dijsselbloem durante a reunião desta segunda-feira do Eurogrupo
Reuters
O presidente do Eurogrupo disse esperar que os restantes países da União Europeia estejam preparados para considerar um ajustamento do empréstimo do fundo de estabilização.
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O presidente do Eurogrupo deu sinais no sentido de que poderá haver um acordo alargado sobre os pedidos de Portugal e Irlanda para que estes países tenham mais tempo para pagar os seus empréstimos.
No final da reunião desta segunda-feira dos ministros das Finanças da Zona Euro, Jeroen Dijsselbloem espera que os restantes países da União Europeia estejam preparados para considerar um ajustamento do empréstimo do fundo de estabilização.
«Se houver um acordo amanhã, pediremos à troika para apresentar uma proposta sobre a melhor opção para cada um destes dois países para os empréstimos do fundo de estabilização e do mecanismo de estabilização financeira», explicou.
Dijsselbloem assinalou ainda que os programas de Portugal e Irlanda «estão no caminho certo e com bom desempenho apesar das circunstâncias macroeconómicas» e recomendou as autoridades dos dois países a continuarem com os seus programas de ajustamento.
Por seu lado, o comissário europeu dos Assuntos Financeiros apelou ao apoio dos parceiros europeus para ajudarem Portugal e Irlanda a regressarem aos mercados.
«Continuam a existir fragilidades nos mercados financeiros, o que faz com que ambos os países continuem comprometidos com uma implementação rigorosa e os parceiros europeus têm de facilitar uma saída bem sucedida do programa», afirmou Olli Rehn.
Os peritos do Eurogrupo vão analisar tecnicamente o pedido de Vítor Gaspar, tendo sido prometida uma decisão numa reunião do ministros das Finanças da Zona Euro que ocorrerá em Dublin em abril.