O Eurogrupo não conseguiu reforçar o fundo europeu de resgate para o valor desejado de um bilião de euros. Jean-Claude Juncker justificou o falhanço com o agravamento da crise.
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Os países da zona euro acertaram, esta noite, em Bruxelas uma forma de garantir aos investidores cerca de um quarto do valor aplicado na compra de dívida dos países em dificuldades.
Em Bruxelas, os ministros das finanças dos países da moeda única chegaram a acordo para aumentar a capacidade de resposta do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).
Em conferência imprensa, esta noite, o presidente do Eurogrupo anunciou ainda outra solução para incrementar o financiamento dos países em dificuldades.
As duas opções têm como objectivo, assegurar que os estados membros podem continuar a financiar-se nos mercados, independentemente de apresentarem graves desequilíbrios.
Jean-Claude Juncker afirmou que as duas soluções encontradas podem entrar em vigor muito em breve.
«As consultas de mercado realizadas pela comissão mostraram o interesse de investidores em todo o mundo. Com o quadro de alavancagem agora em vigor a opção um, poderá ser implementada em Dezembro, e a opção dois em Janeiro, e terão total flexibilidade para ser utilizadas da forma mais eficiente», explicou.
Num dos casos, o fundo assume a responsabilidade de um quarto do valor do título soberano. As obrigações serão certificadas pelo fundo de resgate, garantindo uma protecção parcial do risco entre 20 a 30 por cento.
A opção dois, permite a combinação de fundos públicos e privados, para aplicar em obrigações, tanto no mercado primário como secundário, ou ainda para a recapitalização da banca.
«Continuaremos a explorar outras opções para o FEEF à luz dos desenvolvimentos dos mercados e dos interesses dos investidores», sublinhou Juncker.
Os parceiros do euro aprovaram ainda uma maior cooperação entre o fundo de resgate e o FMI.
«Nós concordámos em explorar rapidamente e aumentar os recursos do FMI com empréstimos bilaterais, seguindo os mandato do G20, para que o FMI possa adequadamente combinar o novo poder de fogo do FEEF e cooperar ainda mais perto», referiu.
Conclusões da reunião do Eurogrupo, na qual os ministros das Finanças da zona euro manifestaram total confiança em Mário Monti, como primeiro-ministro capaz de corrigir os desequilíbrios da economia italiana, e aprovaram o desembolso da sexta tranche de financiamento externo a Atenas.