O financeiro americano de origem húngara George Soros considera que «a Europa e o euro correm perigo» e mostra-se favorável às «Eurobonds» como «solução última».
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Numa entrevista ao diário francês Le Monde, George Soros afirma que «é necessário dar à zona euro uma legitimidade política», no sentido de uma governação económica europeia.
George Soros afirma também que «o euro pode sobreviver à saída de Portugal ou da Grécia, de dimensão modesta»
No entanto, adverte, «a União rebentaria se fosse o caso da Espanha ou da Itália. É portanto preciso distinguir os países pequenos dos países grandes».
O financeiro admite, porém, que a saída de um membro mesmo «pequeno» da zona euro provocaria «o caos, o afundamento do seu sistema bancário. Autorizar um país a deixar a zona euro exige por isso um planeamento minucioso».
As declarações do financeiro americano surgem um dia depois da cimeira franco-alemã de Paris, em que o Presidente da República francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, propuseram a introdução de uma «regra de ouro» nas constituições dos Estados da zona euro impondo políticas de reequilíbrio orçamental.