Conselho das Finanças Públicas (CFP) acredita que as metas do défice do ano passado vão ser cumpridas. Contributo de julho a setembro é decisivo.
Corpo do artigo
Isolado apenas o terceiro trimestre, não há registo de um resultado trimestral tão positivo em 22 anos. O Conselho das Finanças Públicas conclui, por isso, que esse excedente, de 2,6% do PIB, foi determinante para que o resultado alcançado até setembro, de 0,3% do PIB, superasse as expectativas.
"A forte melhoria do saldo acumulado nos três primeiros trimestres deveu-se ao excedente orçamental registado no 3.º trimestre que se fixou em 2,6% do PIB gerado nesse período. Este resultado constituiu um máximo desde o início da série (1995) quer em termos nominais (1256 milhões de euros) quer em percentagem do PIB", revela o CFP no relatório "Evolução orçamental até ao final do 3.º trimestre de 2017".
No conjunto dos 9 meses, o CFP estima que o défice terá ficado nos 0,3%, com um contributo maior do lado da receita, mas com menos ajuda de receitas extraordinárias do que o previsto.
A entidade liderada por Teodora Cardoso sublinha, no entanto, que este valor está ainda muito condicionado pela forma como está a ser pago o subsídio de natal (no final do ano, como antigamente), em comparação com o ano passado, em que ainda havia duodécimos.
Os números até setembro e alguns dados ainda incompletos do 4º trimestre "permitem antecipar um défice inferior a 1,4% do PIB no conjunto de 2017", afirma o CFP.