O principal obstáculo a um entendimento em concertação social continua a ser o aumento do horário de trabalho, mas o Governo está disponível a fazer cedências.
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O Governo está disposto a gastar todos os minutos que antecedem a reunião da concertação social, a analisar todos os cenários para garantir um acordo na próxima segunda-feira.
Fonte ligada ao processo adiantou à TSF que foram marcados para este fim-de-semana vários encontros bilaterais, com patrões e sindicatos, que são apresentados como a prova do empenho do executivo em acabar com o impasse.
Na base dessa determinação estão dois argumentos: a urgência e a necessidade de um clima de paz social, num ano tão difícil para o país.
A meia hora extra de trabalho no privado, que tem sido a grande força de bloqueio nas negociações, continua em cima da mesa embora sem o peso de "um cavalo de batalha".
A TSF sabe que o ministro da Economia está agora mais disponível para aceitar qualquer medida equivalente sem bater o pé, desde que a alternativa produza os mesmos efeitos.
E é por isso que no ministério de Álvaro Santos Pereira há a convicção de que o entendimento não é impossível, pelo contrário, já esteve mais longe, confia-se na vontade e no sentido de responsabilidade dos parceiros, tendo em conta que há um programa de ajuda externa que é preciso cumprir.
Daqui a menos de um mês, a troika regressa a Portugal para mais uma avaliação e o Governo sente que a ausência de um acordo não convém a ninguém.
Assim sendo, aposta nos dois dias que restam para salvar o processo e garantir que às 10h00 de segunda-feira os parceiros sociais tiram as canetas do bolso.