O vice-primeiro-ministro, de visita a Marrocos, pede mais ambição às empresas nacionais para que façam chegar o volume de negócios aos mil milhões de euros nos próximos anos. Desde 2011, as exportações portuguesas aumentaram para o dobro e Paulo Portas quer mais projetos de visibilidade como França e Espanha.
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«Eu gostaria, pela minha parte, que Portugal tivesse projetos com visibilidade em Marrocos, como a França e a Espanha têm, sem ameaçar ninguém, mas com a nossa própria qualidade e ambição», disse Paulo Portas, em Casablanca, no primeiro dia da sua visita a Marrocos, onde lidera uma delegação portuguesa que integra 45 empresas.
O governante destacou a importância do mercado marroquino e adiantou que «em quatro anos», Portugal dobrou as exportações para aquele país do Norte de África, fechando 2014 nos 600 milhões de euros, e estimou um aumento para mil milhões de euros das exportações nos próximos anos.
Neste périplo "non-stop", como a classificou o governante, o ponto de partida foi a visita à primeira fábrica da farmacêutica portuguesa Tecnimede em Marrocos, que representa um investimento de 17 milhões de euros, e onde falou sobre as relações de Portugal com aquele país.
Com Paulo Portas seguem também dezenas de empresários de setores tão variados como agro-indústria, farmacêutico, energia, engenharia e construção, ambiente, hotelaria, moldes e materiais de construção.
Na agenda do vice-primeiro-ministro para este dia e meio, estão ainda encontros com o Chefe de Governo marroquino e seis ministros.
Paulo Portas destacou que Marrocos é o 12º cliente de Portugal, o 4º maior fora da Europa e o 2º maior em África. «E toda a gente sabe a nossa proximidade com os mercados africanos. A partir de Marrocos, pode-se disputar muitos mercados regionais neste continente», frisou, lembrando que a previsão de crescimento económico para aquele país ronda os 4% ao ano.
Depois de Casablanca, a comitiva segue ainda hoje para Rabat, incluindo a agenda oficial a assinatura de acordos a nível empresarial e do relacionamento económico e empresarial entre os dois países.
A delegação integra também o secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, e o presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), Miguel Frasquilho.