As facturas de 6,78 milhões de euros encontradas numa sala do Instituto do Desporto de Portugal são relativas a 176 fornecedores de áreas como limpeza e electricidade e a obras no Jamor.
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Segundo uma fonte do IDP, citada pela Lusa, as 687 facturas não contabilizadas foram emitidas a partir de 2004, mas a maior parte são de 2008 a 2011.
O IDP vai comunicar «brevemente» o caso ao Tribunal de Contas, Inspector-geral de Finanças e Direcção-Geral do Orçamento, embora a denúncia ao Ministério Público dependa da conclusão do inquérito em curso no organismo, de acordo com a mesma fonte.
Foi ainda detectado que o IDP terá retido cerca de 2,2 milhões de euros de receitas dos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia consignadas ao Plano Mateus, «que deviam ser entregues ao Ministério das Finanças e não estavam a ser desde Março de 2010».
O inquérito interno pedido na quarta-feira pelo novo presidente do IDP, Augusto Baganha, já foi aberto pelo Gabinete Jurídico do instituto e deve ficar concluído na próxima semana.
O instrutor do inquérito é o chefe do Gabinete Jurídico do IDP, José Manuel Chabert, que era adjunto do anterior secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e regressou ao instituto quando terminou a comissão de serviço.
O caso foi denunciado na terça-feira pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que disse na Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura que tinham sido encontradas no IDP 687 facturas não contabilizadas no valor de 6,78 milhões de euros.
A descoberta foi feita pouco depois de a nova direcção do IDP ter sido empossada, a 1 de Agosto: «Começaram a receber chamadas diárias de fornecedores a reclamar créditos e foram encontrar as facturas numa sala que uma funcionária deixou fechada à chave quando foi de férias», disse a fonte contactada pela Lusa.