O ministro da Economia diz que o «endividamento excessivo» do Estado e das empresas públicas é um dos principais responsáveis pelas dificuldades na concessão de crédito pelos bancos.
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O governante, que falava em Lisboa na abertura da conferência 'Portugal Global - empresas exportadoras', disse que «o grande problema que enfrentamos neste momento para as empresas é o da liquidez. Muitas delas estão em dificuldades, e estão a morrer ou prestes a morrer por falta de financiamento».
«A secagem do crédito deve-se ao endividamento excessivo do Estado e das empresas públicas. Algo tem que ser feito nesta matéria para isso acabar», garantiu, sublinhando que é necessário aumentar a importância das exportações na economia portuguesa e que as empresas, por sua vez, devem encarar a internacionalização como uma nova etapa no seu ciclo de vida para uma economia bem sucedida.
Sobre esta matéria, Álvaro Santos Pereira prometeu novidades nas «próximas semanas».
O titular da pasta da Economia apelou ainda aos empresários portugueses para serem «mais unidos» e assegurou que, se tiverem projectos de investimento bloqueados, o ministério estará de portas abertas para uma ajuda directa.
Nas suas declarações, o ministro disse também acreditar que, depois das reformas deste Governo, a economia portuguesa vai mudar para sempre.
«Nos próximos seis meses de governação, todas estas reformas serão feitas. Acreditamos piamente que a competitividade da economia portuguesa não será a mesma», sublinhou.
Além disse, o governante mostrou-se convicto de que Portugal vai ultrapassar a crise, sublinhando que as exportações já recuperaram.