O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) sublinha que os bancos são os principais interessados em que a venda "corra bem". Diálogo institucional entre Governo e Banco de Portugal é "muito importante".
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"É muito importante para o sistema bancário que seja definido um 'timing' adequado, que seja feita uma conceção do processo de venda que seja realista, que se tentem atrair para este processo investidores institucionais que sejam credíveis e que reforcem o sistema bancário", disse Fernando Faria de Oliveira.
Em declarações à TSF, na Feira Internacional de Turismo, em Lisboa, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos sublinhou que o valor da venda do Novo Banco é "muito importante" para a banca portuguesa.
E justificou: "Porque não há dúvidas de que os bancos são os contribuintes do Fundo de Resolução e vai depender do valor da venda aquilo que será, eventualmente, o conjunto de custos que vão ter de ser assumidos se o valor de venda for inferior aos 4,9 mil milhões de euros do capital inicial do Novo Banco".
Nesse sentido, o antigo presidente do Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos salienta que é essencial uma "estreita colaboração" entre o executivo de António Costa e o Fundo de Resolução.
"É muito importante o diálogo institucional entre o governo e a autoridade de resolução - neste caso, o Banco de Portugal - ao mesmo tempo que também é necessário um diálogo intenso com a Comissão Europeia, via Direção-Geral da Concorrência, e com o Banco Central Europeu", acrescentou Fernando Faria de Oliveira.
Antes, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos falou durante a apresentação de uma linha de financiamento de 60 milhões de euros - através de um protocolo entre o Turismo de Portugal e 12 instituições financeiras - para apoiar o setor turístico, onde deixou uma garantia: "Os bancos estão solventes e perfeitamente fortes em termos de liquidez".