O presidente da Associação Portuguesa de Bancos deu como exemplo o malparado das empresas que subiu de 2% para 16%, ao passo que no caso da habitação o incumprimento nem sequer duplicou.
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Faria de Oliveira considera "perfeitamente aceitável" o risco de incumprimento no crédito à habitação. Depois da queda a pique durante os anos da troika em Portugal, o crédito à habitação está agora a crescer em flecha.
Os dados do Banco de Portugal mostram que nos primeiros sete meses do ano, os empréstimos para comprar casa cresceram 54% em relação a igual período do ano passado e, se assim continuar, 2016 pode ser o primeiro ano de recuperação para níveis anteriores à chegada da troika.
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos lembrou que em abril foram entregues ao Governo várias medidas para resolver o problema do crédito malparado e que há um grupo de trabalho em funcionamento e, por isso, espera que até ao final do ano já estejam em prática algumas medidas.
Faria de Oliveira abordou ainda o veto de Marcelo Rebelo de Sousa ao diploma sobre o sigilo bancário e a possibilidade de o Governo rever o documento. Para o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, o sigilo é um dos fundamentos da atividade do sistema bancário e deve ser preservado na medida do possível. "Hoje já existem condições em que a autoridade fiscal tem abertura para atuar se existirem desconfianças".