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João Pancadas, da Ernst & Young (EY), revela que estamos a falar de "valores baixos" para os contribuintes.
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As novas tabelas do IRS não vão trazer um grande impacto do alívio fiscal para os trabalhadores e pensionistas. João Pancadas, consultor da Ernst & Young (EY), fez as contas e conclui que os ganhos vão ser residuais.
Quem recebe até 654 euros por mês fica isento de refeições e os pensionistas com descendentes a cargo vão ter um bónus, com a descida em meio ponto percentual por cada descendente.
João Pancadas dá o exemplo de "um sujeito passivo solteiro que aufira mil euros de rendimento mensal" e no qual "o alívio mensal de retenção na fonte será de apenas de dois euros".
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"Se falarmos de um sujeito passivo casado para os mesmos níveis salariais haverá uma retenção de variação na fonte de um euro e para um rendimento mensal de dois mil euros uma variação de retenção na fonte de quatro mil euros", acrescentou, assegurando que se está "sempre a falar de valores baixos".
Para a consultora EY, os contribuintes que auferem mais de três mil euros brutos mensais acabam por não ter qualquer vantagem com as novas tabelas de retenção na fonte.
O despacho assinado pelo secretário de Estado dos assuntos fiscais, António Mendonça Mendes, tem efeitos retroativos, ou seja, os trabalhadores e pensionistas vão ter acertos até ao final de fevereiro, nos rendimentos que tenham ficado por receber.