O Presidente da Lusoponte diz que o tráfego não cresceu como se pensava e elogia a paciência dos acionistas, que só agora devem ter os primeiros dividendos.
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O presidente da Lusoponte garante que o negócio da empresa concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama está longe de ser tão bom como se pensa.
À TSF, Joaquim Ferreira do Amaral reage às críticas ouvidas na última semana depois da notícias das obras a serem pagas pelo Estado, mas também explica como andam as contas da empresa.
O líder da Lusoponte começa por explicar que o negócio da empresa baseou-se em empréstimos da banca para, na década de 1990, construir a Ponte Vasco da Gama e, em troca, o Estado concessionou as receitas das portagens nas duas pontes que atravessam o rio Tejo em Lisboa.
Ferreira do Amaral garante, no entanto, que as receitas previstas com as portagens não se verificaram e acrescenta que "registámos problemas muito complicados e nunca pedimos nada ao Estado", recordando duas crises que "atiraram o tráfego para baixo de uma forma dramática com diminuições de 6% a 7% em vez do aumento que estava previsto".
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Nos últimos anos, diz o presidente da Lusoponte, as contas estão melhores, apesar de continuarem longe dos rendimentos esperados no início do projeto.
Ferreira do Amaral avança mesmo que ainda não é certo que o investimento feito seja recuperado até ao fim da concessão, mas agora, pela primeira vez, no relatório e contas de 2017, deverão distribuir dividendos aos acionistas.
O presidente da Lusoponte defende, em resumo, que o negócio das pontes em Lisboa não é tão bom como as pessoas pensam e até diz que admira a capacidade dos acionistas de estarem tanto tempo sem receber dividendos.